segunda-feira, 11 de setembro de 2017

TRILHO DOS PESCADORES

LINK Trilho dos Pescadores

"Sempre junto ao mar, seguindo os caminhos usados pelos locais para acesso às praias e pesqueiros.
Trata-se de um single track percorrível apenas a pé, ao longo das falésias, com muita areia e por isso mais exigente do ponto de vista físico.
Um desafio ao contacto permanente com o vento do mar, à rudeza da paisagem costeira e à presença de uma natureza selvagem e persistente."
ÁLBUM 75 FOTOS

ROTEIRO
1º Dia  Porto Covo – Almograve 30km
5h 30m Saída Lisboa carro do José
7h 30m Inicio Raid pelo Trilho dos Pescadores
14h 00m Almoço rápido  em Vila Nova de Milfontes
15h 00m Passagem barco 2.5€ (de 30 em 30 minutos)
15h 30m continuação para Almograve
18h 30m chegada Pousada de Juventude de Almograve 283640000
Jantar Café Torralta ou Churrasqueira Isa
2ºDia  Almograve – Zambujeira do Mar 22km
Saída 7h
10h 30m +- 10 km  Reabastecimento em  Cavaleiro frente Cabo Sardão
12h 30m + 6 km Almoço na Barca Tranquitanas ou
14h 00 Almoço Restaurante Rita na Zambujeira do Mar
15h Check  In  Hostel Hakuna Matata
3º Dia Zambujeira do Mar – Odeceixe  18km
Saída 8h


Mochila de 20lt com menos de 4 kg incluía: 1 muda de roupa; toalha fina; calções de banho; camisola polar; chinelos; artigos de higiene e detergente em pó para lavar a roupa; kit básico de primeiros socorros; 2 x 0.50lt água; algumas barras cereais e 1 tablete chocolate preto e 2 sandes e bastão para ajudar nos sítios difíceis.
Bolsos dos calções: carteira; 0.50lt água; smartphone.

                    Primeiro dia 2 Setembro de 2017 Porto Covo - Almograve 32.7km

Desta vez não vim sozinho tenho a companhia do José Lemos somos dois pré-cotas com muita pedalada
Depois de uma noite mal dormida iniciámos o Trilho ás 8h
Optámos por fazer 2 etapas do Trilho num dia  fazendo a travessia de barco em Vila Nova de Milfontes e assim poupar uns 5 km, mas reconheço que se torna uma jornada bastante puxada.
O Roteiro foi quase cumprido á risca porque foi feito baseado num máximo de 3 km andados por hora e esta realidade é incontornável num piso pesado quase sempre de areia não se consegue progredir muito mais já contando com as inúmeras paragens para tirar fotos.
Almoço rápido e muito bom na Paparoca junto ao cais de V. N. Milfontes.
O calor apertava acima dos 30º e como tal é muito importante hidratar a contar com a cerveja do almoço devemos de ter bebido +- 4lt água nos 32.7 km deste dia.
Na passagem do rio Mira em Vila Nova de Milfontes
Diálogo com o barqueiro:
Vocês vêm de onde ?
R:Vimos de Porto Covo (21 km)

E vão para onde ?
Praia do Almograve (+12km)
Com este calor ?
Sim temos a estadia marcada são mais 3 h
Nunca vi tal coisa não querem ficar aqui a descansar ?
Não !!
Ok vocês são malucos vocês é que sabem !!!
Esta conversa toda porque fizemos os trilhos de 2 dias num só.
Uma espécie de Auto da Barca do Inferno! (disse o José)
Durante a tarde a caminhada é mais penosa aí começa a ter mais importância a força mental que a física mas correu tudo bem com um descanso mais demorado +- 5 km antes de Almograve.
Check In na Pousada de Juventude, o Jantar no Café Torralta  foi um óptimo Sargo grelhado.
 Não tenho palavras para descrever a beleza das paisagens, ficam as fotos e o link que reporta para a página oficial da Rota Vicentina.


 Segundo dia 3 Setembro de 2017  Almograve - Zambujeira do Mar 22.8 Km

Pequeno almoço na Pousada ás 7h30 ( atenção que tem de se pedir na recepção para ser mais cedo o horário normal é ás 8h30). Saída pelas 8h,  o trajecto segue por um longo passeio costeiro onde encontramos várias pessoas a fazer a sua caminhada matinal são bons hábitos que os Portugueses a maioria reformados já começam a ter, principalmente quando têm condições para isso.
No fim do passeio marítimo começamos a subir a duna e aqui começam as dunas com cores avermelhadas alaranjadas brancas douradas enfim cores que mais parecem saídas de uma paleta dum pintor.
Hoje como ontem o trilho desenvolve-se sobre as dunas e arribas com as sucessivas enseadas e praias intocadas algumas sem acessos. Depois de passar um pinhal onde nos soube bem andar umas centenas de metros longe da areia chegamos a Cavaleiro onde reabastecemos de água e seguimos para as falésias imponentes do Cabo Sardão o ponto mais ocidental da Costa Alentejana vigiadas pelo Farol   
Chegámos á Zambujeira do Mar perto das 15h,  Check In no Hostel Hakuna Matata e depois do banho que nos retira 50% do cansaço fomos comer uma salada de polvo e beber umas imperiais no SUNSET CAFÉ que dizem ser um dos melhores sítio para ver o Pôr do Sol na Costa Alentejana.
O jantar foram linguados (ou primos ) fritos com arroz de tomate no Restaurante Rita uma comida simples mas boa na relação qualidade preço.


 Terceiro dia 4 Setembro de 2017 Zambujeira do Mar - Odeceixe 20 Km

Pequeno almoço comemos das nossas reservas umas barras cereais bolos secos chocolate e café do hostel. Descemos á praia da Zambujeira do Mar e o trilho começa a subir a falésia e voltamos ao mesmo falésias e praias deslumbrantes e muita areia, passagem por várias linhas de água algumas caem em cascata para a praia como na Praia da Amália. É fundamental olhar sempre sempre para onde se põem os pés é que escorregar ou tropeçar em alguns sítios pode ter consequências desastrosas. Em média por dia temos encontrado 6 a 8 caminhantes estrangeiros alguns com mochilas que parecem trazer a casa ás costas outros sem chapéu enfim o pessoal não zela pela saúde num trilho que piora quando as temperaturas rondam os 30º e o vento fresco do mar não aparece que foi o caso destes 3 dias. A última paisagem que deslumbra é a vista da Praia de Odeceixe do alto da Ponta em Branco e a partir daqui começamos a descer para a Praia acabam os trilhos de areia e terra e começam os últimos penosos 5 km de alcatrão da estrada que bordeja a Ribeira de Seixe que faz a fronteira entre o Alentejo e o Algarve. Chegámos a Odeceixe tirámos as fotos da praxe lavámos o suor no chafariz da terra e começámos a tarde a comer uma bifana satisfeitos por ter feito um trilho que exigia muito, sem grandes mazelas físicas e como costumo dizer o Caminho não acabou continua ...


























































































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