A partir do segundo dia vamos ter de sair cedo para aproveitar as horas mais frescas da manhã por isso a alvorada foi ás 6h30m para começarmos a pedalar ás 7h .
Depois da bica no café ao lado do albergue estava pronto para "atacar" a serra da Labruja ,quem já fez o Caminho diz que este é o percurso mais difícil,começámos a rolar por caminhos e trilhos agrícolas e como se pode ver no gráfico da altimetria os primeiros 12 km são sempre a subir sendo os últimos 3 km os mais complicados de todo o Caminho é que os caminhos passam a ser trilhos de serra entre pedras e pinheiros chegámos ao cúmulo de sermos dois a empurrar uma bicicleta para subir um barranco a meio da encosta existe um estradão que serve de alternativa para os ciclistas mas optámos por seguir o caminho original aquele onde dizem que é preciso transportar a bicicleta ás costas.Como todos levavam a mochila ás costas e eu levava a mochila num suporte na bicicleta não era viável carregar a bicicleta por isso foi de empurrão nas partes piores andava um metro e parava para descansar em especial nos últimos metros antes da Cruz dos Franceses.
Chegados ao cimo da serra vem a descida que também começa a ser feita com a bicicleta à mão por entre as pedras enormes do caminho quando começa um piso de pedras roladas do tamanho de uma mão já nós vamos em cima das bicicletas uma descida alucinante num equilíbrio entre pedras soltas com os travões apertados quase no máximo e as bicicletas a levarem um autentico tratamento de choque,uma queda nestas descidas era INEM pela certa loool mas foi o percurso que mais gostei de fazer claro que com alguma velocidade irresponsabilidade e a adrenalina no máximo.
Parámos uns minutos junto ao albergue de Rubiães para refrescar comer qualquer coisa e reagrupar é que raras vezes seguíamos os 6 juntos o normal era irmos aos pares ou sozinhos tendo o cuidado das raparigas seguirem acompanhadas.
Próxima paragem num café em São Bento da Porta Aberta para beber uma imperial comer umas batatas fritas e começar a descer para Valença onde chegámos pelas 13h 30.
Chegados ao albergue de Valença estavam lá um grupo de escuteiros Italianos fresquinhos porque iam começar ali o Caminho,depois de fazermos o chek in e de um banho retemperador almoçamos uma massa feita pelo Reinaldo durante a tarde enquanto uns dormiam eu aproveitei para ler uma revista.Depois de jantar fomos visitar a Cidadela de Valença.
sábado, 27 de agosto de 2011
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
1ª Etapa Vilarinho / Ponte de Lima
Saímos de Lisboa pelas 7 da manhã e chegámos a Vilarinho por volta das 10h,30m descarregámos as bicicletas e fomos pôr a carrinha na Trofa junto á GNR perto da estação da CP onde passados 5 dias devíamos de sair no regresso de comboio de Santiago.
Acabámos por sair de Vilarinho por volta das 12h que é uma hora imprópria para começar uma jornada num dia de calor mas isto também faz parte das dificuldades do Caminho.
Depois de passar a ponte medieval do Ave apresentasse-nos a primeira subida mais complicada para amadores com um piso de empedrado e logo se percebeu que estas subidas são para serem feitas com a bicicleta pela mão é que ao tentar subi-la quase me saiam os "bofes pela boca" resumindo aqui não há heróis e cada um deve seguir como puder, ainda tínhamos mais de 200 km pela frente e devemos poupar o físico.
Sucedem-se caminhos municipais em alcatrão e estradões de terra batida com pedras soltas o que os nossos olhos procuram são as setas pintadas de amarelo no chão ;nos muros;nos postes eléctricos;nas árvores que nos indicam o Caminho até Santiago.
Chegados a Barcelos abancámos num café e cada um comeu o que levava mais uns hambúrgueres e umas imperiais e estava o almoço/lanche feito.Não esquecer que nos pontos de paragem em especial nos cafés é preciso carimbar as credenciais para justificar a nossa passagem e encher os recipientes de água porque andar de BTT com calor consumimos litros de água .
Entretanto tínhamos percorrido +- 28 km e uma das raparigas achou por bem desistir ,foi preciso procurar-lhe transporte para Lisboa com a respectiva bicicleta e aqui começam os problemas porque na CP dizem que se podem transportar bicicletas mas só se forem desmontadas isto é uma maneira diplomática de dizer não.Ela acabou por apanhar uma camioneta para Braga e depois outra para Lisboa com a boa vontade dos motoristas que lá deixaram transportar a bicicleta.
E são 18h15m e ainda temos de percorrer +- 35 km até ao albergue de Ponte de Lima,fomos pela estrada nacional para não termos de voltar para trás até onde tínhamos perdido as setas amarelas,chegámos a Ponte de Lima pelas 21h30 já noite (o albergue fecha ás 22h) não me parece que tenha sido a melhor opção mas depois de nos fazermos à estrada já não à volta a dar.
No alcatrão a descer a 35/45 km/h é conveniente levar a boca fechada senão os mosquitos que se estatelam nos pára-brisas entram-nos pela boca loool
Depois de fazermos o chek-in comprámos uma dúzia de sandes para matar a fome.
O albergue de Ponte de Lima é excelente ficámos num quarto com seis beliches e depois das 22h já não dá para passear ou sair dos albergues porque como disse o responsável peregrino não é turista e há peregrinos que vão a pé que se deitam com as galinhas por isso temos de respeitar o descanso dos outros.
O pessoal mais novo já descansava e eu fiquei na conversa até ás tantas com o casal responsável pelo albergue até a senhora dizer que o melhor era eu ir descansar porque amanhã íamos ter a etapa mais difícil a tal onde uns dizem que as bicicletas não passam ou têm de ser levadas ás costas.
Hoje percorremos 67,7 km.
P.S. Como mais do que uma pessoa me disse que estes 30 km de Barcelos a Ponte de Lima é um dos percursos mais bonitos do Caminho Português este mês ainda o vou fazer quando for ao Norte de férias.
Acabámos por sair de Vilarinho por volta das 12h que é uma hora imprópria para começar uma jornada num dia de calor mas isto também faz parte das dificuldades do Caminho.
Depois de passar a ponte medieval do Ave apresentasse-nos a primeira subida mais complicada para amadores com um piso de empedrado e logo se percebeu que estas subidas são para serem feitas com a bicicleta pela mão é que ao tentar subi-la quase me saiam os "bofes pela boca" resumindo aqui não há heróis e cada um deve seguir como puder, ainda tínhamos mais de 200 km pela frente e devemos poupar o físico.
Sucedem-se caminhos municipais em alcatrão e estradões de terra batida com pedras soltas o que os nossos olhos procuram são as setas pintadas de amarelo no chão ;nos muros;nos postes eléctricos;nas árvores que nos indicam o Caminho até Santiago.
Chegados a Barcelos abancámos num café e cada um comeu o que levava mais uns hambúrgueres e umas imperiais e estava o almoço/lanche feito.Não esquecer que nos pontos de paragem em especial nos cafés é preciso carimbar as credenciais para justificar a nossa passagem e encher os recipientes de água porque andar de BTT com calor consumimos litros de água .
Entretanto tínhamos percorrido +- 28 km e uma das raparigas achou por bem desistir ,foi preciso procurar-lhe transporte para Lisboa com a respectiva bicicleta e aqui começam os problemas porque na CP dizem que se podem transportar bicicletas mas só se forem desmontadas isto é uma maneira diplomática de dizer não.Ela acabou por apanhar uma camioneta para Braga e depois outra para Lisboa com a boa vontade dos motoristas que lá deixaram transportar a bicicleta.
E são 18h15m e ainda temos de percorrer +- 35 km até ao albergue de Ponte de Lima,fomos pela estrada nacional para não termos de voltar para trás até onde tínhamos perdido as setas amarelas,chegámos a Ponte de Lima pelas 21h30 já noite (o albergue fecha ás 22h) não me parece que tenha sido a melhor opção mas depois de nos fazermos à estrada já não à volta a dar.
No alcatrão a descer a 35/45 km/h é conveniente levar a boca fechada senão os mosquitos que se estatelam nos pára-brisas entram-nos pela boca loool
Depois de fazermos o chek-in comprámos uma dúzia de sandes para matar a fome.
O albergue de Ponte de Lima é excelente ficámos num quarto com seis beliches e depois das 22h já não dá para passear ou sair dos albergues porque como disse o responsável peregrino não é turista e há peregrinos que vão a pé que se deitam com as galinhas por isso temos de respeitar o descanso dos outros.
O pessoal mais novo já descansava e eu fiquei na conversa até ás tantas com o casal responsável pelo albergue até a senhora dizer que o melhor era eu ir descansar porque amanhã íamos ter a etapa mais difícil a tal onde uns dizem que as bicicletas não passam ou têm de ser levadas ás costas.
Hoje percorremos 67,7 km.
P.S. Como mais do que uma pessoa me disse que estes 30 km de Barcelos a Ponte de Lima é um dos percursos mais bonitos do Caminho Português este mês ainda o vou fazer quando for ao Norte de férias.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Fotos do Caminho de Santiago
Para que não pensem que o Caminho de Santiago é uma "pêra doce" aqui estão algumas fotos !!!
O objectivo final superado ao fim de +- 230 km de pedaladas !!!
A cruz dos Mortos ou dos Franceses é um ponto mítico do Caminho.
A minha "montada" durante os 5 dias !!!
A melhor definição para este percurso foi a que o Carlos me deu:"é um rio sem água"
Descida da Serra da Labruja
Isto é quase uma auto-estrada no meio do campo loool
domingo, 7 de agosto de 2011
Percurso Vilarinho / Santiago com novas etapas.
Depois de definirmos o percurso Vilarinho / Santiago achamos por bem alterar as etapas e fazer o Caminho em 5 dias para que o último dia seja um passeio de +- 20 km até Santiago e chegarmos com tempo à missa do Peregrino que é ao meio dia.
Já vamos na 3ª opção mas esta parece-nos a mais equilibrada para fazer o Caminho de bicicleta e poder desfrutar com tempo das paisagens e monumentos por onde vamos passar
Link do percurso aproximado
1º Dia Vilarinho / Ponte de Lima 50,0 km
2º Dia Ponte de Lima / Valença 39,9 km
3º Dia Valença / Pontevedra 47,0 km
4º Dia Pontevedra / Padrón 41,0 km
5º Dia Padrón / Santiago 24,3 km
TOTAL 202,2 km
Já vamos na 3ª opção mas esta parece-nos a mais equilibrada para fazer o Caminho de bicicleta e poder desfrutar com tempo das paisagens e monumentos por onde vamos passar
Link do percurso aproximado
1º Dia Vilarinho / Ponte de Lima 50,0 km
2º Dia Ponte de Lima / Valença 39,9 km
3º Dia Valença / Pontevedra 47,0 km
4º Dia Pontevedra / Padrón 41,0 km
5º Dia Padrón / Santiago 24,3 km
TOTAL 202,2 km
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Prova Final !!!
No domingo fiz cerca de 70 km (os estragos no físico não foram muitos)de Lisboa a Vila Franca de Xira ida e volta quase sempre fora da estrada nacional percorri parte do Caminho de Fátima/Caminho de Santiago que está muito bem sinalizado desde a Expo/Lisboa,espero que o Caminho a Norte esteja assim tão bem sinalizado pois torna tudo mais fácil.
Entre Lisboa e Vila F de Xira encontrei 3 caminheiros pelo aspecto estrangeiros perguntei a um deles se ia para Fátima ou Santiago e a resposta foi o mais óbvio Santiago lá estava ele a caminhar sozinho com +- 550 km para palmilhar disse-me que já no ano passado tinha feito o Caminho desde o Porto segundo o testemunho do meu amigo Carlos fazer o Caminho torna-se um vício.
Saí de Lisboa a uma hora inconveniente ( 11,30h disse aos meus vizinhos que ia até à Expo para não pensarem que sou maluco looool ) e claro que o calor torna o Caminho mais difícil e a água uma necessidade como tal temos de começar as jornadas bem cedo, com muito calor convém levar um baton de cieiro senão os lábios vão ficar em mau estado.
Já tenho na bicicleta o essencial:boião de água;conta quilómetros;bomba;spray p/tapar furos;jogo de chaves;2 câmaras de ar e uma mini-campainha para não atropelar ninguém loool.
Falta-me o suporte de bagagem que se não chegar para levar o saco-cama colchoneta e pequena mochila ainda vou ter de comprar os alforges,o pessoal mais novo pedala com a mochila ás costas.
Ainda tenho de fazer uma reunião com os meus companheiros de viagem para afinar pormenores e ver o que cada um leva e tenho de escrever num bloco de bolso um pequeno guia com os tópicos principais do Caminho.
Entre Lisboa e Vila F de Xira encontrei 3 caminheiros pelo aspecto estrangeiros perguntei a um deles se ia para Fátima ou Santiago e a resposta foi o mais óbvio Santiago lá estava ele a caminhar sozinho com +- 550 km para palmilhar disse-me que já no ano passado tinha feito o Caminho desde o Porto segundo o testemunho do meu amigo Carlos fazer o Caminho torna-se um vício.
Saí de Lisboa a uma hora inconveniente ( 11,30h disse aos meus vizinhos que ia até à Expo para não pensarem que sou maluco looool ) e claro que o calor torna o Caminho mais difícil e a água uma necessidade como tal temos de começar as jornadas bem cedo, com muito calor convém levar um baton de cieiro senão os lábios vão ficar em mau estado.
Já tenho na bicicleta o essencial:boião de água;conta quilómetros;bomba;spray p/tapar furos;jogo de chaves;2 câmaras de ar e uma mini-campainha para não atropelar ninguém loool.
Falta-me o suporte de bagagem que se não chegar para levar o saco-cama colchoneta e pequena mochila ainda vou ter de comprar os alforges,o pessoal mais novo pedala com a mochila ás costas.
Ainda tenho de fazer uma reunião com os meus companheiros de viagem para afinar pormenores e ver o que cada um leva e tenho de escrever num bloco de bolso um pequeno guia com os tópicos principais do Caminho.
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