Estes vinte e poucos quilómetros foram feitos como um passeio uma consagração final sem cansaço nem ansiedade.
Chegámos cedo a Santiago satisfeitos por ter feito o Caminho sem qualquer problema assinalável ,tirámos a foto da praxe na Praça do Obradoiro tendo como fundo a Catedral de Santiago que assinalou o fim da nossa peregrinação.
Antes do meio dia ainda fomos à "Oficina do Peregrino" para receber a Compostela que comprova o nosso feito.
Embora não seja crente assisti a parte da missa e cumpri o ritual do "abraço a São Tiago".
Antes de ir-mos almoçar achei bem ir-mos procurar a estação de comboios e comprar os bilhetes para a ligação Santiago / Vigo, ainda bem que fomos cedo porque só ao comprar os bilhetes é que nos foi dito que em cada composição ferroviária da Renfe (no site não diz nada) só podem ir 3 bicicletas por isso acabámos por nos separar e seguir em dois comboios até Vigo aqui apanhamos o comboio português da CP onde esta limitação do número de bicicletas não existe.
Partimos 7 pessoas chegámos 5 mais ou menos 220 km andados só tivemos um furo e um pedal partido sem nenhuma queda, isto com bicicletas vulgares, para todos nós foi uma primeira experiência de BTT ,fiz aos 48 anos aquilo que nunca tinha feito aos 18 enfim um SUCESSO a repetir.
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
4ª Etapa Pontevedra / Padrón
Saída cedo como já é costume o Caminho continua por caminhos municipais e trilhos que com tempo chuvoso podem enlamear quem lá passa,em Agosto não tivemos esse problema em nenhum percurso do Caminho.
Ainda não o disse mas vamos sempre encontrando peregrinos de diversas nacionalidades e idades por isso quem começar o Caminho sozinho vai ter sempre companhia embora muitos peregrinos façam o Caminho sozinhos por opção, a maioria por motivação religiosa outros como eu por um desafio pessoal outros por razões filosóficas espirituais e de reflexão.Quem faz o Caminho a pé aprofunda muito mais estas razões porque as provações são maiores e mais dolorosas.
Nós que o fizemos de bicicleta em autonomia ou seja com a tralha toda ás costas ou em cima da bicicleta só nos chateamos com as subidas porque a direito ou a descer vai tudo numa boa é a bicicleta que nos leva.
Pelo Caminho também se encontram uns pseudo-peregrinos vimos uma excursão de Ingleses que os deixavam a fazer alguns percursos a pé mas depois entravam todos na camioneta a caminho do restaurante ou hotel.
Paragem em Caldas de Reis uma vila termal como o nome indica onde tem uma fonte de água ligeiramente sulfurosa e quentinha a minha vontade era sentar-me lá dentro loool .Tinha-me dito o Carlos que passar por esta terra e não comer no Muinho era pecado assim como passar em Arcade e não comer marisco também era pecado ora eu ateu fartei-me de pecar porque como os meus companheiros são escuteiros e estavam a fazer uma actividade onde tinham de poupar os euros não me parecia bem eu ir ao restaurante e eles a comer pizzas hambúrgueres e sandes. Talvez um dia volte a fazer o Caminho e siga o roteiro gastronómico sem pecar.
Chegámos por volta das 14h 30m a Padrón e já o albergue que tinha aberto ás 13h estava cheio, na fila pro chek-in estavam um grupo de escuteiros Portugueses Açorianos de S.Miguel resultado lá fomos todos recambiados para o pavilhão desportivo só que aqui não existem nem beliches nem colchões só mesmo o chão para dormir, só havia água quente nos balneários das mulheres e no balneário dos árbitros, foi preciso dar o nome no albergue e não se paga para "acampar" no pavilhão.
Fomos comprar mantimentos ao supermercado e comeu-se no "acampamento" montado no pavilhão,durante a tarde ainda fui à biblioteca da terra matar o vício da Net.
Foi uma noite incómoda porque em Pontevedra cometi a burrice para aliviar o peso de mandar pelos pais da Sara para Lisboa a colchoneta que ainda não me tinha feito falta foi um erro de palmatória pago com as costas.
domingo, 2 de outubro de 2011
3ª Etapa Valença / Pontevedra
É em Valença que muitos peregrinos começam o Caminho a pé por isso encontramos no albergue de Valença gente já com alguns quilómetros feitos e outros na expectativa do que os espera.
Saímos pelas 7 da manhã e passados poucos minutos já estávamos em Espanha,passámos pela catedral de Tui e embora lá já passa-se das 8 da manhã não se via quase ninguém nas ruas. Uma coisa deu logo para perceber o Caminho em Espanha não está tão bem sinalizado como em Portugal é assim como passar do 80 para o 8 é nas zonas urbanas que tem de se ter mais atenção a procurar as setas pintadas de amarelo ou as vieiras que indicam o Caminho.
Depois de sair da zona urbana de Tui entra-se nalguns caminhos rurais até chegar à recta do poligno industrial do Porrino que parece infindável pelo menos para quem vai a pé.Depois de passar uma ponte pedonal metálica seguimos a estrada N-550 e aqui fizemos uma paragem num café para reagrupar e comer alguma coisa,o Reinaldo vinha fulo porque se tinha perdido e por vezes não sabíamos se quem faltava já ia à frente ou se se tinha atrasado.
Depois das dificuldades da etapa anterior o Caminho de Valença a Santiago é quase um passeio sem grandes dificuldades, o Caminho vai serpenteando à volta da estrada N-550 .Em Redondela nova paragem numa esplanada de um café onde já estavam um grupo de ciclistas espanhóis que tinham passado por nós em Vilarinho .Tirando um furo numa roda daí até Pontevedra foi sempre a rolar.Eu e o Reinaldo passámos pelo albergue de Pontevedra sem o ver o resultado foi fazer-mos mais uns 8 km entretanto já o resto do pessoal tinha ido ao albergue e embora fosse cedo o mesmo já não tinha vagas,fomos encaminhados para o pavilhão desportivo de uma escola onde estavam montados beliches e havia um monte de colchões para uso dos peregrinos e o essencial banho quente.Atenção que o chek-in para ficar no pavilhão tem de ser feito no albergue de Pontevedra e pagar os 5 euros da praxe.Chegámos por volta das 15h e 30m
Almoçamos e jantámos numa hamburgaria com aquelas comidas de plástico que a malta nova tanto gosta.
A partir de Pontevedra passámos a ser só 5,os pais da Sara vieram-na buscar porque no dia a seguir ia fazer uma actividade ainda mais radical foi fazer um salto de pára-quedas,claro que ela ia na boa até Santiago como foi a irmã mas o tempo não chega para tudo.
O dia estava passado mas a noite trouxe-nos um montão de melgas para nos picar e chatear o juízo.
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