6ª DIA VILA DO CONDE - CARREÇO
26 Abril 8h 30m saída de Vila do Conde na direcção do mar chegado à praia estava fresco e lá tive de tirar da mochila a camisola mais o impermeável que foram imprescindíveis para o que se ia passar foi um dia de luta contra a Nortada que é um vento forte por vezes com rajadas que sopra no litoral de Norte para Sul.
Hoje foram muitos os km feitos nos passadiços a maioria com a indicação de proibição de passagem de bicicletas mas enfim um Peregrino para seguir o Caminho por vezes tem de pecar ou seja não cumprir a lei quando elas são estúpidas, num dia de semana e fora da época balnear não me parece que venha mal ao Mundo que haja uma sã convivência entre bikes e caminhantes.
Chegado a Esposende procurei a Propedal para trocar as pastilhas de travão da roda traseira e soube que seguia na zona um Peregrino de muletas passado uns 2 km encontrei-o e falei com ele, Polaco com uma perna amputada abaixo do joelho tinha começado no Porto o Caminho 300 km sozinho de muletas com uma pequena mochila ele foi a prova de que aquilo que eu estava a fazer não era nada de especial comparado com a força e determinação que ele tinha de ter.
Desde o Porto que o percurso tem sido espectacular sempre perto ou ao lado do mar até à Praia de Suave Mar aqui as marcações levam-me para o interior na direcção do Rio Neiva sigo por um bosque muito verde que ladeia o rio atravessa-se pela Ponte do Sebastião uma ponte singular onde falei com uma peregrina perguntei-lhe a nacionalidade respondeu Califórnia ( não se quer misturar com Trumpalhadas lol) vivia em Nova Iorque mas admira muito Portugal por ser limpo e seguro.
Sobe-se até à Igreja Paroquial de Santiago de Castelo de Neiva, - reparem que o nome "Santiago" é uma constante seja para denominar ruas igrejas ou sítios ao longo do Caminho são séculos de história sempre presentes - e depois é sempre a descer até entrar em Viana do Castelo pela Ponte Eiffel aqui a Nortada continua a fazer-se sentir.
Viana tem um centro histórico muito bonito lanchei por lá e dei umas voltas para encontrar o Caminho ao contrário do que se possa pensar é mais fácil encontrar os sinais as setas as indicações do Caminho nos campos nos trilhos nas aldeias que nas cidades.
Mais uns 10 km e estava no Carreço ao encontro do Albergue Casa do Sardão o jantar foi uma bifana e uma cerveja no café da colectividade da aldeia.
Os hospedes um Português um Russo 3 Alemãs e um cão o Tante um peregrino alemão que não sabe bem o que anda a fazer no Caminho.
TRAJECTO STRAVA
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